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Conhecimento do consumidor sobre os desafios da alimentação mundial

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A Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA), iniciou no passado dia 7 de Maio, o segundo ano da campanha “Considere os Factos”, que decorrerá até Dezembro de 2018.A Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA), iniciou no passado dia 7 de Maio, o segundo ano da campanha “Considere os Factos”, que decorrerá até Dezembro de 2018.

Esta iniciativa, pretende gerar o diálogo e o debate público, aumentando o conhecimento, como ferramenta para o combate aos mitos e desinformação que geram medo e insegurança no âmbito da utilização de produtos fitofarmacêuticos.A necessidade de compreender o nível de conhecimento que os portugueses têm da realidade agrícola foi o mote para a realização de um estudo à população, em parceria com o Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa.

Metodologia: O tamanho total da amostra foi de 961 participantes adultos, representantes da população portuguesa. O estudo online foi realizado junto dos participantes inscritos no Painel de Estudos Online (PEO) da Católica-Lisbon. Os dados foram recolhidos entre 8 e 17 de Março de 2018 e foram ponderados de maneira a garantir a representatividade de toda a população (maiores de 18 anos) de Portugal.

Passamos a apresentar os principais resultados tornados públicos:

  • Portugueses desconhecem que a produção alimentar mundial precisa de aumentar 60% até 2050
    Os dados divulgados pelo Parlamento Europeu1 referem que 40% das culturas agrícolas mundiais são perdidas todos os anos devido a pragas, doenças e infestantes. O estudo revelou que 82% dos portugueses desconhece essa percentagem.

    Relativamente ao tema da produção global de alimentos, a FAO (Food & Agriculture Organization of the United Nations2) indica que a produção alimentar global devia aumentar60% até 2050, por forma a atender às necessidades da população mundial em crescimento – número que apenas 7% dos inquiridos deste estudo estimou acertadamente.


  • Portugueses apontam alterações climáticas e falta de terras aráveis como os factores com maior impacto no aumento do custo dos alimentos
    A maioria dos inquiridos concorda que perturbações à produção têm impacto no preço dos produtos, com 98% dos respondentes a revelar que o preço dos produtos alimentares devepermanecer acessível, para garantir que as famílias têm acesso a alimentos saudáveis e frescos. 

    Quando questionados sobre quais os factores que mais influenciam o aumento do custo dos alimentos no mundo, a falta de alimentos devido às alterações climáticas foi a selecção de 86% dos inquiridos, seguido da falta de terra adequada ao cultivo, por 60% dos inquiridos.

    Perante a questão sobre o papel dos produtos fitofarmacêuticos e o seu impacto no custo dos alimentos, ficou evidente que mais de metade dos portugueses (61%) está de acordo que, para manter os seus alimentos acessíveis, os agricultores devem ser capazes de combater infestantes, pragas e doenças recorrendo aos produtos fitofarmacêuticos.

    Factores como a “Procura dos consumidores por produtos fora de época ou sem considerar a sua origem” e a “Alteração dos hábitos de consumo dos consumidores (ex: a procura de frutas e legumes de agricultura biológica, opções de alimentos sem glúten, alternativas...)” foram os menos seleccionados, com apenas 32% e 33%, respectivamente. Destaque ainda para o facto de que, aproximadamente 38% da população portuguesa, vê no crescimento populacional um factor com impacto no incremento dos preços dos alimentos.


  • População portuguesa vê nos produtos fitofarmacêuticos um aliado da produção agrícola
    No que concerne ao conhecimento dos portugueses sobre o papel dos produtos fitofarmacêuticos, o estudo elucidou que 85% dos indagados reconhece que estes produtos químicos são concebidos com o objetivo de proteger as plantas das influências prejudiciais, incluindo insetos nocivos, infestantes, fungos e outros parasitas.

    De forma inequívoca, esta amostra da população portuguesa concordou, na sua maioria (68% das respostas), que sem o uso de produtos fitofarmacêuticos mais de metade das culturas mundiais podem ser perdidas anualmente, devido a pragas e doenças das culturas.


  • Portugueses revelam preferir alimentos biológicos, mas desconhecem a forma como são produzidos
    No que diz respeito aos hábitos alimentares dos portugueses, o estudo da Universidade Católica evidenciou que 65% dos inquiridos tem preferência por consumir apenas alimentosbiológicos. Contudo, apesar de a maioria dos respondentes preferir alimentos produzidos em agricultura biológica, muitos destes revelaram desconhecer algumas das realidades da sua produção. Destaque para o facto de 60% dos inquiridos não saber ou discordar totalmente do facto de a agricultura biológica utilizar produtos fitofarmacêuticos químicos na sua produção.

    Desconhecimento que fica evidente também no facto de, revela o mesmo estudo, 66% dos inquiridos acreditar que comer alimentos biológicos regularmente reduz o risco global de cancro.

    Número em oposição a apenas 19% da população estudada, que revelou conhecer que esta forma de produção agrícola faz uso de produtos fitofarmacêuticos.

 

1 European Union, European Parliament. (2015), Draft Report on Technological solutions to sustainable agriculture in the EU (2015/2225(INI))1 European Union, European Parliament. (2015), Draft Report on Technological solutions to sustainable agriculture in the EU (2015/2225(INI))

2 Fonte: Alexandratos, N. and J. Bruinsma. 2012. World agriculture towards 2030/2050: the 2012 revision. ESA Working paper No. 12-03. Rome, FAO.

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